Então já que é a primeira vez que eu posto por aqui tenho que me apresentar: sou Maria de Fátima, 27 anos, nascida e criada em Salvador/Bahia, mais conhecida como Fau e também como Imcompreendida (assim mesmo com “m”, mas essa é uma outra história). Sou amiga “virtual” do Carlinhos e da Vivi, os criadores deste blog e fui convidada por eles para participar destas conversas através do blog (aproveito para agradecer, fiquei muito honrada, de verdade).
Bem! Como para mim é um começo, começo de uma nova fase, começo de uma nova forma de escrever e de buscar inspirações, resolvi que falaria sobre começos. E como é bom começar, né? Começar, recomeçar e começar de novo. Uma nova habilidade, um novo curso, um novo trabalho, um novo amor, um novo ano, sempre com esperanças de fazer diferente e de fazer melhor que antes. Na vida é assim, estamos sempre começando, isso nos mantêm jovens e faz a vida acontecer.
Sim, mas eu quero contar pra vocês um começo específico: quando comecei a escrever. Eu não lembro exatamente a idade que eu tinha uns 12 ou 13 anos, talvez antes, mas sei que comecei a escrever sobre a minha inadequação ao mundo. Apesar de ter sido uma criança alegre, tive uma educação repressora, o que me fez crescer tímida, retraída.
Já na pré-adolescência me sentia inadequada, totalmente diferente dos outros, sensação essa que me acompanha até os dias de hoje. Ui, que sensação angustiante. Eu sofria muito com essa angústia e ficava pensando porque eu era assim e me culpava, culpava meus pais, culpava Deus, culpava o mundo. Mas, certo dia – assim como que por intuição ou porque certas coisas a gente tem que saber mesmo e acaba descobrindo – percebi que se colocasse toda essa angústia num papel, ela diminuía.
Passei então a fazer isso sempre, em meus diários, cadernos, papeizinhos que encontrava e até na parede do meu quarto, e em qualquer lugar que estivesse, em casa, na escola, no ônibus...
E assim, comecei a escrever. É, até que a história ficou bonitinha e é totalmente verídica viu, apesar de eu gostar de inventar histórias, essa eu não podia inventar não.
Bom! A angústia nunca me abandonou, aliás, graças a Deus! Acho que não saberia escrever sem ela. Talvez um dia eu até aprenda, e faça um novo começo, mas por enquanto prefiro não arriscar.
Então, é isso... que este seja um começo promissor como todos devem ser e, no mais, desejo muitos começos a todos.
Fau Ferreira