Aonde eu estava mesmo?

Vivi Lima, Fau Ferreira & CA Ribeiro
Segunda-feira - De 15 em 15 dias

domingo, 29 de junho de 2008

Tudo não passa de interpretação.

Você pode achar que sim ou ter certeza do exato contrário. Depende de você. E minha parte não é entender. A angústia do não saber, não querer e desejar... Junção de muitas coisas que acrescenta ao vazio potência!

E eu estou aqui.... só! Com você! Que não está aqui. Com um vazio de muitas coisas e um papel cheio de rabiscos. Coisas que não merecem ser lidas, mas nem por isso desistem. Todos os possíveis leitores estão comigo, privando-me de dizer o que me grita na mente.

Dúvida. Mais uma palavra, mentira trocada, por qualquer trocado. Troco o assunto. Penso em falar da vida, das cores, das flores, das dores, mas nada disso me afasta. Volto ao ínicio. Insisto.

Que tal o trabalho? Mas quanto trabalho me dá esquecer essa coisa morta que a todo instante ressucita. Não existe nada mais vivo. Nada mais vivo, apenas conto o tempo. Ou o tempo me conta da sua existência.

Mudo coisas de lugar, mas não mudo o lugar das coisas. Mudo, mas não cego pro que vejo. Abro todas a janelas e portas, mas continuo presa dentro de mim mesma.

Ah, nem eu mesma sei definir o que sinto... afinal, tudo não passa de interpretação! Você pode sentir o mesmo e achar que é normal, que é a vida.

Eu posso passar horas a falar, você pode nem notar. Entender o que eu não quis dizer, reinventar pra você. Você pode calar, mas nunca a voz do interior. É isso!

Vivi Lima

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Todos queremos funcionar bem

Todos queremos funcionar bem. Mas de formas diferentes.

Todos – ou quase todos – os seres humanos vivem numa equação complicada que contém duas variáveis: a razão e a emoção. Cada um “regula” essas duas incógnitas de acordo como prefere, levando em consideração seus valores, aprendizados experiências e etc.

Quando prevalece a razão na equação, a vida, por vezes, se torna mais prática. Facilita a escolha de opções, a tomada de decisão, as ofertas de oportunidades (emprego, estudo, entre outros). O raciocínio ,aqui, é tudo. Para esses, existe a vantagem de que o mundo atual é feito para eles. Não só elementos diretos, como eu já citei, como indiretamente, nas propagandas, nas vendas, no estilo de vida como um todo.

Já quando a emoção se destaca no indivíduo, tudo ao redor se torna mais interessante. Tudo não passa de interpretação. A percepção de sensações, a capacidade de olhar o mesmo objeto por vários ângulos, o poder de entender e de interagir com o próximo aumentam consideravelmente. Aqui, a chamada intuição (que não é só das mulheres) é o gerador de energia.

Mas, como eu disse no começo do texto, essas duas variáveis estão na mesma equação, e exatamente por isso, deve haver um equilíbrio entre elas. E esse equilíbrio é tão subjetivo que encontrar dois humanos de resultado igual, é praticamente impossível. A infinidade de respostas é tão grande, que fazem com que cada ser humano seja único.

Para acabar, temos que sempre nos lembrar uma coisa. Os resultados são sempre diferentes. Mas o objetivo é sempre igual: todos queremos funcionar bem.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Já quando é vergonha...

Já perceberam como os sentimentos estão? Inúmeras vezes analisados, observados por ângulos diversos, revisitados por novas teorias, expostos em revistas, telejornais, documentários...
Já quando é vergonha... Quem nunca sentiu?

Me atropelo, me privo, me obrigo, eu brigo... E embora não impeça os sentimentos de acontecer dentro de mim, não os deixo se manifestarem sem autorização por aí. A vergonha é algo que incomoda, exatamente pela desobediência em acontecer somente onde a permito. Ela é pública. Se evidencia no rosto corado, na fala entrecortada ou gaga, nas mãos suando e na interessante incapacidade de pensar!

Vergonha é paralisante. Deixamos de lado nossa participação social. Vergonha do próprio corpo pode nos impedir de freqüentar lugares esportivos. A vergonha das próprias idéias, de quem se é, impede de se expor.

A vergonha é inesperada, desconcertante. O gago fica mais gago por vergonha de ter gaguejado. Quem enrubesce fica mais vermelho de vergonha de ter enrubescido. Quem sua nas mãos, sua mais de medo que percebam o seu suor.

É isso que nos incomoda... a falta de controle. Todos queremos funcionar bem. Disfunções que não são culpa de ninguém, mexem com a nossa auto-estima. Tudo se torna motivo pra não sair de casa ou pra não sair da casca. O achar que devia saber me impede de aprender, pela vergonha de perguntar.

Deixamos de perceber que o outro também sente vergonha, que o outro também teve que aprender, que o outro é o outro! E pensa o que quiser.

Vergonha do ridículo? Ridículo é ter vergonha! Ou ficar incomodado por tê-la!

Será que não falamos da vergonha abertamente por medo... ou vergonha???

Vivi Lima

domingo, 1 de junho de 2008

Bonito é sentir como algo totalmente natural

Os sentimentos existem em todos os seres humanos, mas nem todos gostam de mostrá-los. Seja por timidez, medo, vergonha, algumas pessoas tem esta característica de escondê-los.

O poeta é um fingidor./ Finge tão completamente/ Que chega a fingir que é dor /A dor que deveras sente.”

Fernando Pessoa está completamente certo na sua poesia. Mas isso não é só particularidade do poeta. Todos nós fingimos algo que existe porque sentimentos nunca são ditos por completo.

Mas voltando ao assunto, sem ter saído dele, algumas pessoas não gostam de mostrar seus sentimentos por timidez. Essa atitude é até compreensível, mas isso pode lhe atrapalhar na vida social. Vida social não é aquelas fotos de mulheres ricas e inúteis que estranhamente ficam na parte de cultura do jornal! Vida social é o seu contato com as outras pessoas, suas amizades, seus amores, seus colegas, sua família.

Medo, alguns têm, diante de situações constrangedores que passaram. Eles se fecham, criam uma carcaça que para alguém conseguir entrar, precisa de muito esforço. Ou muito amor.

Já quando é vergonha... fica chato eu dizer que é fruto de uma sociedade machista e blá blá blá, mas eu vou dizer mesmo porque é verdade! Quantas pessoas já seguraram um “eu te amo” na ponta da língua e não disse por receio do que vão pensar?

Mas eu, nem Vivi em seu texto passado, queremos que todos saiam gritando seus sentimentos não. Apenas que deixe ele aparecer na hora exata. Um bom exemplo disso é meu pai, que nunca falou para mim esse conjunto de palavras “eu te amo”, no entanto, eu percebo que ele tem esse sentimento para comigo. E eu não sinto falta dele registrar em pronuncia o que sente por mim. Eu já sei disso e pronto!

Seja por timidez, medo ou vergonha, devemos nos libertar desses empecilhos e vivermos nossas vidas de forma clara, limpa e honesta consigo mesmo.