Aonde eu estava mesmo?

Vivi Lima, Fau Ferreira & CA Ribeiro
Segunda-feira - De 15 em 15 dias

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Ui, que sensação angustiante!

Então já que é a primeira vez que eu posto por aqui tenho que me apresentar: sou Maria de Fátima, 27 anos, nascida e criada em Salvador/Bahia, mais conhecida como Fau e também como Imcompreendida (assim mesmo com “m”, mas essa é uma outra história). Sou amiga “virtual” do Carlinhos e da Vivi, os criadores deste blog e fui convidada por eles para participar destas conversas através do blog (aproveito para agradecer, fiquei muito honrada, de verdade).

Bem! Como para mim é um começo, começo de uma nova fase, começo de uma nova forma de escrever e de buscar inspirações, resolvi que falaria sobre começos. E como é bom começar, né? Começar, recomeçar e começar de novo. Uma nova habilidade, um novo curso, um novo trabalho, um novo amor, um novo ano, sempre com esperanças de fazer diferente e de fazer melhor que antes. Na vida é assim, estamos sempre começando, isso nos mantêm jovens e faz a vida acontecer.

Sim, mas eu quero contar pra vocês um começo específico: quando comecei a escrever. Eu não lembro exatamente a idade que eu tinha uns 12 ou 13 anos, talvez antes, mas sei que comecei a escrever sobre a minha inadequação ao mundo. Apesar de ter sido uma criança alegre, tive uma educação repressora, o que me fez crescer tímida, retraída.

Já na pré-adolescência me sentia inadequada, totalmente diferente dos outros, sensação essa que me acompanha até os dias de hoje. Ui, que sensação angustiante. Eu sofria muito com essa angústia e ficava pensando porque eu era assim e me culpava, culpava meus pais, culpava Deus, culpava o mundo. Mas, certo dia – assim como que por intuição ou porque certas coisas a gente tem que saber mesmo e acaba descobrindo – percebi que se colocasse toda essa angústia num papel, ela diminuía.

Passei então a fazer isso sempre, em meus diários, cadernos, papeizinhos que encontrava e até na parede do meu quarto, e em qualquer lugar que estivesse, em casa, na escola, no ônibus...
E assim, comecei a escrever. É, até que a história ficou bonitinha e é totalmente verídica viu, apesar de eu gostar de inventar histórias, essa eu não podia inventar não.

Bom! A angústia nunca me abandonou, aliás, graças a Deus! Acho que não saberia escrever sem ela. Talvez um dia eu até aprenda, e faça um novo começo, mas por enquanto prefiro não arriscar.

Então, é isso... que este seja um começo promissor como todos devem ser e, no mais, desejo muitos começos a todos.

Fau Ferreira

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Tantas horas!

O tempo está passando, cada vez mais depressa... Quem nunca teve essa sensação? Eu vivo, com ela. O tempo me persegue, estou sempre correndo, sempre atrasada.

Não vai dar tempo. Ui, que sensação angustiante.

E o tempo nos acompanha o tempo todo, mesmo quando ele passou pra algo, continua sempre lá a marcar sua própria passagem. Aguardando-nos para persegui-lo por um motivo novo.

E nesta corrida desenfreada deixamos de lado algumas coisas... como foi deixado o blog. Sem tempo pra escrever, sem tempo pra postar, na verdade sem tempo pra pensar (!)

Blog que surgiu numa brincadeira, mas ainda mais importante, de uma grande amizade. Amizade que surgiu do tempo moderno. Época de corrida contra o relógio, mas também da possibilidade, do encurtar da distância. Daí um blog pra pensar junto mesmo estando separado!

Engraçado como pra amizade não faltou tempo. Ela continuou crescendo, tanto que incorporou mais alguém, a FAUZINHA. Alguém que conheci do blog e por causa do meu amigo co-autor.

E essa amizade também cresceu e continua crescendo. Tantas horas! Horas de dedicação que nem mesmo o tempo me priva de desfrutar. Horas de risadas, reclamações e (in) compreensões...

E mesmo quando não estamos sintonizados na internet, estamos sintonizados no coração e vão os textos, que me movem, me falam, me abrigam. E vem os textos que me comovem, me compreendem, me instigam.

É, temos uma paixão em comum: as palavras e as possibilidades dela, sendo assim nada mais justo do que inseri mais essa amiga na brincadeira, de construir um retalho de textos.

E o tempo?

Vamos duelando, enquanto ele não me alcança. E enquanto isso, dedico minhas horas, tantas quanto necessárias, pra fortalecer essas amizades.

Vivi Lima