Aonde eu estava mesmo?

Vivi Lima, Fau Ferreira & CA Ribeiro
Segunda-feira - De 15 em 15 dias

segunda-feira, 30 de março de 2009

As vezes ficamos perdidos

As vezes ficamos perdidos


Resolvi mudar um pouco – mas só um pouco mesmo – o estilo de texto desse blog. Sou conhecido por meus amigos como um bom conhecedor de Fortaleza. É bem verdade que não conheço todos os lugares da cidade e que Fortaleza também não é tão grande assim, mas a maioria, pelo menos sei me achar.

Minha sina de andar de ônibus é grande responsável por isso, mas também conta o meu interesse de tentar sempre me informar dos lugares, prestar atenção no trajeto, no caminho. Já teve vários casos de amigos me ligando para ensiná-los como chegar em tal canto, que ônibus pegar para chegar e se, por um acaso, eu não poderia ir com eles para lá.

Mas, confesso um erro. Não conheço o Conjunto Ceará. Um bairro muito bonito, popular, habitacional, muito bem elogiado. Mas não conheço, nunca precisei ir por lá, e por isso, não o conheço como ele merece.

Certa vez, saindo da faculdade, um amigo meu, que mora no mesmo bairro que eu – a linda e bela Messejana – me ofereceu uma carona. Obviamente aceitei e quando estávamos indo ao nosso destino, encontramos um outro amigo, morador do tal Conjunto Ceará. O amigo motorista, com gasolina à vontade, resolveu dar carona ao outro também.

Fomos conversando, falando de política, obviamente, até chegarmos lá. Deixamos o nobre companheiro em sua casa e perguntamos como fazíamos para chegar em Messejana. Ele disse que era só seguir reto numa rua lá, dobrar logo antes de uma praça e depois entrar na avenida que nos levaria para nossos lares.

Confesso-me burro, nesse momento, pois não acertamos um trajeto fácil desses. Ou talvez não fosse esse o caminho, não sei. Não convém discutir isso agora. Sei que rodamos, tentamos adivinhar na sorte, quase uma roleta russa, até que achamos a avenida visada. Daí que fomos para casa.

Chegando, enfim, penso se aprendi alguma coisa do Conjunto Ceará. Sem resposta positiva, procuro um guia, alguém se habilita?

quarta-feira, 18 de março de 2009

Será que sou tudo aquilo que queria?

Ainda não, mas estou tentando. Finalmente, aprendi que a única coisa que vale mesmo na vida é ser o que se quer. Advogado, surfista, químico, psicóloga, escritor, vagabundo, mãe de família, político, marido, freira, boêmio, só você sabe o que vale a pena para a sua vida, ou como já disse Caetano: “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”.
Mas, as vezes ficamos perdidos, nem nós mesmo sabemos o que queremos da vida e essa descoberta é, geralmente, difícil e dolorosa. O jeito é procurar com cuidado e com muito carinho por si mesmo e tentar evitar ao máximo as idéias dos que estão ao nosso redor que tentam dizer o que devemos ou não ser.
E do mesmo jeito que não devemos aceitar as interferências alheias, não devemos também nos intrometer nas decisões dos que amamos, mesmo com a desculpa “é pro seu bem”, temos que deixar que cada qual siga seu caminho.
Até porque, na maioria das vezes, nossas opiniões sobre determinados estilos de vida são baseadas em preconceitos adquiridos a partir da nossa visão e não da visão daquele que quer seguir. Sem falar que não é porque passamos por uma experiência ruim ou traumática que ela irá se repetir com todos.
Portanto, devemos deixar que cada qual faça suas escolhas e ocuparmos inteiramente das nossas, arcando com a nossa responsabilidade sobre cada uma delas.
Só mais uma coisa, não tenham medo de seguir algo que vem de dentro, ainda que você não saiba explicar.