Aonde eu estava mesmo?

Vivi Lima, Fau Ferreira & CA Ribeiro
Segunda-feira - De 15 em 15 dias

segunda-feira, 7 de julho de 2008

É a vida

Que é a vida? Espaço de tempo decorrido entre o nascimento e a morte. Mas isso é o que um dicionário diz. É viver e não ter a vergonha de ser feliz, é cantar a beleza de ser um eterno aprendiz. Mas isso foram as palavras de Gonzaguinha. Começo agora as minhas palavras.

A vida é uma confusão só, onde ninguém sabe se é tristeza com momentos de felicidade, ou se é alegria com momentos de infelizes. Se for o primeiro, eu tenho muitos desses momentos. Mas eu digo que é confusão, porque a vida de todo é naturalmente indefinida.

Indefinida, não é de bagunçada, sem organização. É da beleza do imprevisto: você tem 14 anos, se programa para está no começo da escada do colégio, para torcer para a mina gatinha olhar para você, quem sabe um aceno, um beijo. Mas a 20 metros do local específico, alguém vem tirar com você uma dúvida de matemática. E você nem entende de matemática!!!

Ah, a matemática! Infeliz e necessária. Contar os minutos para a aula acabar, contar a intera da birita, contar o dinheiro da volta de busão, ou a entrada no motel, ou as contas de AguaLuzTelefoneTudoJuntoELascandoODinheiroDaMerendaDosMeninos.

Nos tempos de hoje, existem duas coisas inventadas pelo homem e que são as nossas maiores pragas. Hora. E dinheiro. E o pior, parece que a vida se resumiu a elas duas!

- Tenho um emprego para ti!
- É? Pra ganhar quanto?
- Tantos dinheiros!
-Só? Mas é pra trabalhar por quanto tempo?
- Tantas horas!
- Tô precisano. Vai isso mesmo.
E percebam, que aí no caso, ele nem sabe que trabalho é esse, foi logo aceitando!

A vida é uma caixinha de surpresa. Isso quem falou foi o pessoal dos melhores do mundo. É a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida. Essa foi Vinícius de Morais. Eu fico com as minhas palavras, que não dizem nada, ou não dizem tudo, assim como todas as outras tentativas definições de vida.